
Acabada, triste, sozinha. Era assim que ela se sentia. Na realidade estava presa em um mundo de futilidade onde nada nem ninguém era verdadeiro.
Andava com passos curtos pela cidade molhada, seu longo e preto guarda-chuva escondia seu rosto já inchado de tanto chorar. Na realidade ela não sabia mais o que fazer, o que pensar, como agir... Se antes era tão autoconfiante, agora tem medo de se expressar. ”Como tudo desabou tão repentinamente?” - pensava- começou então a caminhar cada vez mais rápido, e mais rápido até perceber que estava correndo. Um corrida que não tinha propósito, uma disputa sem linha de chegada.
E corria, corria o mais rápido que suas pequenas pernas de moça a deixavam correr , as pessoas a olhavam torto mais ela não se importava.Nada mais importava para ela.Queria apenas correr.
Mais depois de correr por dias ela parou, tinha se afastado da cidade, das pessoas que tanto a desprezaram. Sentou, e uma enorme angustia a abateu, e ficou ali sentada, sozinha, percebeu que não havia mais razão para nada e nem mais motivos para correr,na verdade nunca teve,nada em sua medíocre vida teve razão ou motivo.Fechou os olhos e ficou ali sentido o vendo brincar com seus cabelos até perceber que era tarde de mais para levantar.