quinta-feira, 30 de abril de 2009

O último poema - Manuel Bandeira

Assim eu quereria meu último poema
Que fosse terno dizendo as coisas mais simples e menos intencionais
Que fosse ardente como um soluço sem lágrimas
Que tivesse a beleza das flores quase sem perfume
A pureza da chama em que se consomem os diamantes mais límpidos
A paixão dos suicidas que se matam sem explicação.

Depois do jantar-Carlos Drummond de Andrade

Também, que idéia a sua: andar a pé, margeando a Lagoa Rodrigo de Freitas, depois do jantar.

O vulto caminhava em sua direção, chegou bem perto, estacou à sua frente. Decerto ia pedir-lhe um auxílio.

— Não tenho trocado. Mas tenho cigarros. Quer um?

— Não fumo, respondeu o outro.

Então ele queria é saber as horas. Levantou o antebraço esquerdo, consultou o relógio:

— 9 e 17... 9 e 20, talvez. Andaram mexendo nele lá em casa.

— Não estou querendo saber quantas horas são. Prefiro o relógio.

— Como?

— Já disse. Vai passando o relógio.

— Mas ...

— Quer que eu mesmo tire? Pode machucar.

— Não. Eu tiro sozinho. Quer dizer... Estou meio sem jeito. Essa fivelinha enguiça quando menos se espera. Por favor, me ajude.

O outro ajudou, a pulseira não era mesmo fácil de desatar. Afinal, o relógio mudou de dono.

— Agora posso continuar?

— Continuar o quê?

— O passeio. Eu estava passeando, não viu?

— Vi, sim. Espera um pouco.

— Esperar o quê?

— Passa a carteira.

— Mas...

— Quer que eu também ajude a tirar? Você não faz nada sozinho, nessa idade?

— Não é isso. Eu pensava que o relógio fosse bastante. Não é um relógio qualquer, veja bem. Coisa fina. Ainda não acabei de pagar...

— E eu com isso? Então vou deixar o serviço pela metade?

— Bom, eu tiro a carteira. Mas vamos fazer um trato.

— Diga.

— Tou com dois mil cruzeiros. Lhe dou mil e fico com mil.

— Engraçadinho, hem? Desde quando o assaltante reparte com o assaltado o produto do assalto?

— Mas você não se identificou como assaltante. Como é que eu podia saber?

— É que eu não gosto de assustar. Sou contra isso de encostar o metal na testa do cara. Sou civilizado, manja?

— Por isso mesmo que é civilizado, você podia rachar comigo o dinheiro. Ele me faz falta, palavra de honra.

— Pera aí. Se você acha que é preciso mostrar revólver, eu mostro.

— Não precisa, não precisa.

— Essa de rachar o legume... Pensa um pouco, amizade. Você está querendo me assaltar, e diz isso com a maior cara-de-pau.

— Eu, assaltar?! Se o dinheiro é meu, então estou assaltando a mim mesmo.

— Calma. Não baralha mais as coisas. Sou eu o assaltante, não sou?

— Claro.

— Você, o assaltado. Certo?

— Confere.

— Então deixa de poesia e passa pra cá os dois mil. Se é que são só dois mil.

— Acha que eu minto? Olha aqui as quatro notas de quinhentos. Veja se tem mais dinheiro na carteira. Se achar uma nota de 10, de cinco cruzeiros, de um, tudo é seu. Quando eu confundi você com um, mendigo (desculpe, não reparei bem) e disse que não tinha trocado, é porque não tinha trocado mesmo.

— Tá bom, não se discute.

— Vamos, procure nos... nos escaninhos.

— Sei lá o que é isso. Também não gosto de mexer nos guardados dos outros. Você me passa a carteira, ela fica sendo minha, aí eu mexo nela à vontade.

— Deixe ao menos tirar os documentos?

— Deixo. Pode até ficar com a carteira. Eu não coleciono. Mas rachar com você, isso de jeito nenhum. É contra as regras.

— Nem uma de quinhentos? Uma só.

— Nada. O mais que eu posso fazer é dar dinheiro pro ônibus. Mas nem isso você precisa. Pela pinta se vê que mora perto.

— Nem eu ia aceitar dinheiro de você.

— Orgulhoso, hem? Fique sabendo que tenho ajudado muita gente neste mundo. Bom, tudo legal. Até outra vez. Mas antes, uma lembrancinha.

Sacou da arma e deu-lhe um tiro no pé.

Sonhos

Hoje lendo uma revista,relembrei de um sonho antigo,mais ainda existente.
Eu não sei nada sobre realização de sonhos(ainda não realizei nenhum...Eu acho).Quero dizer já devo ter realizado pelo menos umzinho,mais me refiro aos sonhos grandes,aqueles que você só realiza quando cresce.
A única coisa que sei sobre sonhos é que nunca vou deixar de sonhar.Pois sonhando é que se chaga ao objetivo final.Sem sonhos seriamos ateus da melhora,não teríamos perseverança.
Mais como é duro,sonhar e não poder realizar seu sonho de imediato,se consolar,dizendo para si próprio que vai conseguir mais para frente alcança-lo.
Quero atingir todos os meus sonhos,isso é uma certeza,mais tenho que lutar muito para isso.
No segundo parágrafo estava me referindo a este fato:nunca lutei por um sonho,nunca dei tudo de mim para atingi-lo...Mais vou,a partir de hoje dar meu maximo em tudo que puder,porque apenas me esforçando muito conseguirei realizar meus sonhos.Sonharei,sem medo de cair...Mais lutarei pelo sonho.










No Pares
RBD
Nadie puede pisotear tu libertad
Grita fuerte por si te quieren callar
Nada puede detenerte si tu tienes fe
No te quedes con tu nombre
Escrito en la pared, en la pared

Si censuran tus ideas ten valor
No te rindas nunca, siempre alza la voz
Lucha fuerte y sin medidas
No dejes de creer
No te quedes con tu nombre
Escrito en la pared
En la pared.

No pares, no pares no,
No pares nunca de soñar
No pares, no pares no,
No pares nunca de soñar
No tengas miedo a volar
Vive tu vida

No construyas muros en tu corazón
Lo que hagas siempre hazlo por amor
Pon las alas contra el viento, no hay nada que perder
No te quedes con tu nombre
Escrito en la pared.

No pares, no pares no,
No pares nunca de soñar
No pares, no pares no,
No pares nunca de soñar
No tengas miedo a volar
Vive tu vida

terça-feira, 28 de abril de 2009

EU NÃO SOU EMO!


Parece que não se pode ser diferente que todos falam que você é de alguma tribo.
Eu não sou emo,não sou gótica e nem nada do gênero.
Crio minha própria tribo,sigo minhas propias crenças,não tenho um estilo formado.
Não sei quem sou,mais sei que NÃO SOU EMO!
Sou apenas diferente de você, não sou submissa a uma tendência patética!
EU NÃO SOU EMO!

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Era uma vez

Era uma vez uma princesa solitária.
Sua madrasta má dizia a ela que seus sonhos eram inuteis e que nada daria certo.
E hoje essa princessa passa as tardes esperando seu principe encantado para se livrar da solidão.
Mais esse principe nunca chega,e ela epera...

Consumismo


Estou vendo meu mundo que era rosa,se tornar um mundo mais seco,mais cinza.
Olho ao meu redor e vejo e ignorância e falta de caráter das pessoas.
Perdida em uma máscara acinzentada de concreto,nossa sociedade está.
E cada alma se perde desde cedo.Não quero me perder.
E cada mente só pensa em si próprio...Onde foi parar o coletivo?Não quero ser assim.
Queria que as máscaras caíssem para podermos ver quem realmente é de verdade.
Vivemos em um mundo surreal.
COMPREM! SEJAM MAGROS,LOIROS,BRANCOS! COMPREM A ROUPA DA MODA ELA TORNA VOCÊ UMA PESSOA MELHOR QUE AS OUTRAS.COMAM EM MEU RESTAURANTE.COMPREM!
O consumismo engole a todos como uma baleia que se alimenta de microorganismos.
Uma nota de 100 euros vale mais do que eu!
Onde vamos parar?

Tristeza

Hoje cada palavra me arde por dentro.
Cada sentimento é uma explosão
E cada lágrima um temor.
Aumento o som do rádio
Mais hoje,só hoje
Nada ameniza minha dor.

domingo, 5 de abril de 2009

Pensamentos bobos(p.2) CORES

Minha imaginação tem um milhão de cores:cor do felicidade,da amizade...Quando estou triste é como se minha mente ficasse preta,escura,não consigo ver nada feliz...Mais ai derepente como vindo do céu,a alegria me enche novamente,minha cabeça fica rosa,amarela,laranja...
As cores de minha mente se juntam com as de minha vida.Dessa policromia-hora feliz,hora triste-construo meu mundinho,só meu...Que pinto e repinto quando quero!